domingo, 2 de junho de 2013

O Museu das Almas do Purgatório




“O diálogo com os mortos não deve ser interrompido porque, na realidade,
a vida não está limitada pelos horizontes do mundo.” (Papa João Paulo II)

Ao contrário do que muita gente pensa, o purgatório não é um local intermediário entre Céu ou Inferno – as almas que lá estão, estão destinadas ao Céu. (Vale lembrar também que Martinho Lutero não contestou a doutrina do Purgatório e treze de suas teses fazem referência direta ao Purgatório. Isso é só uma curiosidade e não vamos nos ater a ela.-q) Bueno, o detalhe é que, de acordo com a Igreja Católica, nesse patamar os espíritos podem se comunicar com os vivos! Mas claro que isso é raro, raríssimo na verdade, e independe da vontade dos vivos – você não pode invocá-los.

E tudo isso só para poder falar desse lugar arrepiante: O Museu das Almas do Purgatório, que foi criado pelo padre Victory Juet (ou Vitor Jonet), da Ordem do Sagrado Coração de Jesus. Em 15 de novembro de 1897, lá estava Juet decorando o altar de sua igreja, (eram os preparativos para a inauguração de um santuário que tinha como objetivo realizar missas e orações pelas almas dos mortos em sofrimento), quando um misterioso incêndio se inicia no altar. Testemunhas juram que não havia nada que pudesse ter gerado esse incêndio. Surpreendentemente, as cores da moldura do altar não se modificam, e do mesmo modo como começou, o fogo apagou, deixando a marca de algo parecido com um rosto em sofrimento. O padre e os fiéis deduziram que seriam almas do purgatório pedindo preces para aliviar seus sofrimentos. Como a igreja estava sendo construída justamente para isso, o fenômeno foi considerado a demonstração real de que ela seria necessária. Juet comunicou o Vaticano e passou a buscar testemunhos e provas da comunicação entre os vivos e os mortos. Com isso a história se espalhou e a igreja ficou famosa. Com o grande material selecionado e também para legitimá-los, o padre, com autorização do papa, fundou o primeiro Museu Cristão de Além Túmulo. Sim, a igreja teoricamente admite, através do museu, a comunicação entre os vivos e os mortos...
Até aí, o museu era aberto à visitação pública. Após muita controvérsia por parte dos fiéis mais ferrenhos, a igreja fechou o museu ao público e seu acesso foi restrito aos membros, não sendo permitido que nenhuma imagem seja gravada (como em qualquer museu, para preservar o acervo). Mas o parapsicólogo baiano Clóvis Nunes conseguiu isso! O resultado? Acabou se tornando uma matéria do Fantástico (rede globo) e pela primeira vez, as imagens foram transmitidas na TV em todo mundo.


   
  Update: Fechado ao público? Bom, parece que não é bem assim, Globo. Na verdade, o Museu abre de segunda a sábado, das 7h às 11h e das 17h às 19h e tem entrada gratuita. Fonte? Revista Viajar pelo mundo, de agosto 2011 - edição nº 25.

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