domingo, 6 de maio de 2012

Armin Meiwes

Imagine se, em um fórum da internet, você encontre alguém procurando um voluntário para ser assassinado e devorado? Bizarro, não? Agora, imagine se um idiota se propusesse à isso, em rede mundial? Então, é disso que falaremos agora.

QUARTO CANIBAL - CANIBAL ROTENBURGO


Seu nome: Armin Meiwes. Foi condenado à prisão perpétua em 2006 por assassinar, esquartejar e comer Bernd Brandes, um rapaz de Berlim que conheceu pela internet em março de 2001. O cômico desse caso é que o crime ocorreu após Brandes responder à um chamado do assassino, que procurava por alguém para deixar-se ser assassinado e devorado. Em suma: Brandes concordou com o crime.
Vocês acharam isso estranho? Então vejam isso: Meiwes primeiramente cortou o pênis do rapaz e o passou pela frigideira, e então, assassino e vítima provaram da carne. A sugestão desse ato foi dada, surpreendentemente, pela vítima.
Quando a vítima agonizava, o criminoso o assassinou a facadas, o esquartejou, enterrou no jardim partes do corpo dele e outras partes foram congeladas e consumidas nos dias seguintes.
O motivo, segundo o advogado de defesa Harald Ermel, era "satisfazer seu instinto sexual". Ermel defendeu a tese de que o crime teria ocorrido com o consentimento da vítima, e por isso, a pena deveria ser reconsiderada e diminuída.
Mesmo com todos os esforços, a pena de prisão perpétua foi confirmada em 2006, sem chances de mudanças.

Como o crime ocorrera:
Em março de 2001, Meiwes e Brandes relacionaram-se sexualmente, na casa do assassino. Após, rezaram pela alma da vítima e decidiram, juntos, como o cadáver seria consumido.
Brades insiste para que Meiwes arranque seu pênis a dentadas. Como não foi possível, ele usou uma faca para amputar a genitália da vítima. O assassino temperou o membro com alho e pimenta e colocou em uma frigideira. Brades não conseguiu comer sua porção pois estava muito dura.
O corpo sem cabeça foi pendurado em um gancho, e logo após fatiado. O incidente foi todo gravado em vídeo.
Meiwes chegou a ingerir 20kg do corpo, durante meses, preparando-os com sal, pimenta, alho e nóz-moscada. Também ingeriu a carne croquetes princesa, couve-de-bruxelas e molho de pimenta. Segundo o assassino, a carne tem sabor semelhante à carne de porco, mais forte e mais amarga, mas muito saborosa.
Quando a carne acabou, ele colocou um novo anúncio na internet, mas foi denunciado por um internauta. Então, foi preso.

O crime, como descrito acima, foi assim relatado em depoimento pelo culpado.

Curiosidades:
Em entrevista para a TV, pelo canal RTL, Meiwes se declarou ser uma pessoa normal. Exames clínicos comprovaram que ele não era louco. Sua aparência na entrevista era de um homem relaxado e saudável, alguém fora de suspeitas, caso não fosse comprovado o crime.
"Sim, gente que não consegue entrar nesta história acha monstruoso. Mas eu sou um ser humano normal em princípio" ele alegou para seu entrevistador, Gunter Stampf.
O acusado disse que sempre sonhara em ter um irmão mais novo, e encontrou no canibalismo uma maneira de satisfazer essa obsessão. Acrescentou ainda que encontrou conforto na internet, onde entrou em contato com cerca de 400 pessoas que compartilhavam do mesmo fascínio pelo canibalismo.
Meiwes, em entrevista, sobre Brades: "A primeira mordida foi com certeza única, indefinível, já que eu tinha sonhado com isto durante trinta anos, com esta conexão íntima que se faria perfeita através desta carne". Segundo ele, ser devorado fora uma obsessão do amigo durante anos.
Sua história preferida, durante a infância, era João e Maria, onde a bruxa planejava devorar o garoto. Segundo ele,  "A parte em que João está para ser comido era interessante. Você não imagina quantos ‘Joãos’ estão circulando aí pela internet.".
"Se eu tivesse ido a um psiquiatra há alguns anos, provavelmente não teria feito o que fiz", declarou o assassino. Ele também acrescentou: "Eu quero ir para a terapia, sei que preciso, e espero que isto aconteça em algum momento".
Stampf escreveu um livro sobre as 30 entrevistas que teve com o assassino na prisão.

Opinião pública:
Por incrível que pareça, uma parte considerável dos comentários em sites que tratam do caso estão a favor de Meiwes. Não que achem que o que ele fez foi certo, porém, como Brades concordou com a morte, concordou com os atos e até ajudou na preparação, o conflito é inevitável.
Realmente, se for pensar por esse lado, qualquer crime cometido contra alguém que não esteja de acordo com tal, mesmo sem haver morte ou canibalismo, não é pior do que um em que a vítima está de total acordo com o que vá acontecer a ela?
Definitivamente, algo conflitante, um assunto complexo para ser discutido.


Nota da autora:
Não poderia perder a chance de dizer isso: "Você é o que você come." - Para acabar o post com um pouquinho de humor.

PS.: aqui está uma música inspirada no caso.
Ouçam Mein Teil, de Rammstein.

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