É um demônio do Deserto da Judéia, o rei dos seirim, uma espécie antiga de espíritos
parecidos com bodes. Seu nome é limitado a três aparições no Velho Testamento
(no Livro do Levítico).
Apesar de alguns dizerem que “Azazel” era
apenas o nome de um lugar próximo a Jerusalém, outros declaram que ele faz
referência a um arquidemônio que morava no deserto. Nos costumes judaicos
antigos, no Dia da Reparação, dois bodes eram levados ao tabernáculo. Um bode
era sacrificado para Yahweh; o outro era coberto com os pecados do povo e
levado para os lugares inóspitos para Azazel. Com a separação das sílabas da
palavra Azazel, temos ez azel, que
significa o bode da partida ou da
demissão.
Esse demônio era tão importante no Judaísmo
antigo quanto Satã se tornou mais tarde no Cristianismo. Ele representava o
poderoso adversário sobrenatural do mal contra Deus. Azazel surge no Livro
Apócrifo de Enoque como um anjo que, ao lado de Shemihazah, o anjo encarregado
de guardar o conhecimento, liderou um grupo de 200 anjos que desceram à Terra
com o objetivo de conviver com os humanos. Todos eles conheceram as mulheres e
tiveram filhos com elas. Foi aí que esses anjos que caíram. Então na Terra, ele
se fixou como um arquedemônio corrupto ensinando maldades. A prole de Azazel morreu
no dilúvio e era chamada de nefilim.
No Livro de Enoque, ele foi acusado de revelar
segredos eternos para a humanidade. Deus respondeu a essa acusação enviando
anjos para amarrá-lo e aprisiona-lo no deserto, em um lugar chamado Dudael. Ele
permanecerá lá até o Julgamento Final.
No fim, a popularidade de Azazel pareceu
decair, e seu lugar foi usurpado, nos tempos mais recentes, por Satã (o
Adversário, no Livro de Jó), a quem o Novo Testamento elege como seu anjo caído
mais importante.
Na
demonologia:
Para a tradição católica, Azazel é um dos sete
arquidemônios de Satã, correspondente aos sete arcanjos de Deus. Também é
considerado um demônio oriundo de uma seita judaica, que adorava um ídolo em
forma de carneiro e oferecia sacrifícios. Tal adoração incluía rituais de
sodomia e zoofilia, onde grupos de judeus eram mortos por intervenção do
espírito do ídolo. Os reis de Judá teriam descoberto a seita, que burlava os
ensinamentos da Torá, e então houve uma batalha na cidade onde atuava a seita.
Todos os judeus que adoravam Azazel, bem como a cidade onde era adorado, foram
destruídos no processo.
Outra crença é de que ele seria invocado por
meio de relações sexuais entre mulheres e cabras. Também é sabido que ele é o
rei dos Shekmitas, uma raça de demônios metade homens e metade cabras, (o que
lembra muito Baphomet). O suposto ídolo dos Templarios seria um shekmita, cujo
poder é um dos maiores do Inferno, já que se trata de um general que responde
apenas ao próprio Lúcifer.
Na tradição islâmica, Azazel também é
mencionado como um anjo caído que sentia desejo por donzelas mortais. Seu nome
se intercambiou com o de Iblis, e então Iblis se tornou o arquidemônio do Islã.
Na
Cultura Popular:
Na série Supernatural,
ele aparece como o demônio de olhos amarelos.
Ele também é um dos grandes inimigos de John
Constantine.