segunda-feira, 24 de julho de 2017

Asmodeus

     “O motivo é que ela fora dada em casamento a sete homens, mas Asmodeu, o demônio malvado, matava-os antes de terem relações com ela.” (Tobias 3, 8)







Asmodeus, (Ashmedai, no Talmud). É o rei dos demônios judaicos. Filho de Naamah e um dos anjos caídos, é também amante de Lilith. É associado com a luxúria, que é a sua especialidade e é representada nas formas animalescas de seu corpo.  Possui três cabeças (uma de touro, uma de carneiro e uma de ogro), que olham para três direções diferentes, tem pernas e pés de galo e cavalga um leão que cospe fogo. Outra área de poder regida por Asmodeus é a raiva e a vingança – é ele quem cria o caos entre os habitantes de um lar e produz inimizades entre um casal. O lugar favorito dessa criatura é o quarto de dormir.
Ele aparece no livro de Tobias – lá é dito que Asmodeus caiu em tentação por Sara, uma jovem virgem persa. Uma vez que a queria para si, o demônio matou casa um dos sete noivos de Sara na noite de núpcias, antes que o casamento fosse consumado.
Sara foi então suspeita de feitiçaria e rezou por intervenção divina. Deus ouvindo as suas orações enviou o Arcanjo Rafael, disfarçado como um velho chamado Azarias, para resolver o problema e guiar Tobias. Tobias. Enquanto acampavam ao lado do rio Tigre, Tobias pegou um peixe grande, e Azarias ensinou Tobias a guardar o coração, o fígado e a bílis do peixe. A bílis curava cegueira, disse o velho, e o coração e o fígado poderiam ser usado como cura para uma pessoa atormentada por demônios ou espíritos diabólicos. O Arcanjo então instruiu Tobias a pedir Sara em casamento e a seguir suas instruções.
Ao queimar, num queimador de incenso, o terrível cheiro do peixe expulsou o demônio do corpo de Sara, e o Arcanjo Rafael o teria capturado. Asmodeus posteriormente cegou Tobias, mas graças à ajuda bílis guardada, ficou curado.
No cristianismo, Asmodeus é um dos sete príncipes infernais. Retém a sua forma híbrida, bem como seus poderes. É conhecido por ser aquele que levou Sodoma à luxúria.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O Vampiro de Berwick



No século XII, na cidade de Berwick, ao norte da Inglaterra, perto da fronteira com a Escócia, vivia um homem muito rico. Após sua morte, a galera da cidade relatou ter visto seu corpo vagando pelas ruas à noite, fazendo com que os cães latissem até tarde.
Os cidadãos, com medo de que uma praga (que era associada com a volta dos mortos, na crença popular) pudesse atacar a população, resolveram desmembrar o corpo e queimá-lo.
Obviamente, depois disso, nunca mais viram o cara perambular pela cidade.
Só que... Depois disso, aí sim, uma doença varreu a cidade e causou muitas mortes, que foram atribuídas à vingança do vampiro.
O caso foi relatado por William de Newburgh, em 1196.

domingo, 29 de maio de 2016

Azazel


É um demônio do Deserto da Judéia, o rei dos seirim, uma espécie antiga de espíritos parecidos com bodes. Seu nome é limitado a três aparições no Velho Testamento (no Livro do Levítico).

Apesar de alguns dizerem que “Azazel” era apenas o nome de um lugar próximo a Jerusalém, outros declaram que ele faz referência a um arquidemônio que morava no deserto. Nos costumes judaicos antigos, no Dia da Reparação, dois bodes eram levados ao tabernáculo. Um bode era sacrificado para Yahweh; o outro era coberto com os pecados do povo e levado para os lugares inóspitos para Azazel. Com a separação das sílabas da palavra Azazel, temos ez azel, que significa o bode da partida ou da demissão.

Esse demônio era tão importante no Judaísmo antigo quanto Satã se tornou mais tarde no Cristianismo. Ele representava o poderoso adversário sobrenatural do mal contra Deus. Azazel surge no Livro Apócrifo de Enoque como um anjo que, ao lado de Shemihazah, o anjo encarregado de guardar o conhecimento, liderou um grupo de 200 anjos que desceram à Terra com o objetivo de conviver com os humanos. Todos eles conheceram as mulheres e tiveram filhos com elas. Foi aí que esses anjos que caíram. Então na Terra, ele se fixou como um arquedemônio corrupto ensinando maldades. A prole de Azazel morreu no dilúvio e era chamada de nefilim.
No Livro de Enoque, ele foi acusado de revelar segredos eternos para a humanidade. Deus respondeu a essa acusação enviando anjos para amarrá-lo e aprisiona-lo no deserto, em um lugar chamado Dudael. Ele permanecerá lá até o Julgamento Final.
No fim, a popularidade de Azazel pareceu decair, e seu lugar foi usurpado, nos tempos mais recentes, por Satã (o Adversário, no Livro de Jó), a quem o Novo Testamento elege como seu anjo caído mais importante.
Na demonologia:
Para a tradição católica, Azazel é um dos sete arquidemônios de Satã, correspondente aos sete arcanjos de Deus. Também é considerado um demônio oriundo de uma seita judaica, que adorava um ídolo em forma de carneiro e oferecia sacrifícios. Tal adoração incluía rituais de sodomia e zoofilia, onde grupos de judeus eram mortos por intervenção do espírito do ídolo. Os reis de Judá teriam descoberto a seita, que burlava os ensinamentos da Torá, e então houve uma batalha na cidade onde atuava a seita. Todos os judeus que adoravam Azazel, bem como a cidade onde era adorado, foram destruídos no processo.
Outra crença é de que ele seria invocado por meio de relações sexuais entre mulheres e cabras. Também é sabido que ele é o rei dos Shekmitas, uma raça de demônios metade homens e metade cabras, (o que lembra muito Baphomet). O suposto ídolo dos Templarios seria um shekmita, cujo poder é um dos maiores do Inferno, já que se trata de um general que responde apenas ao próprio Lúcifer.
Na tradição islâmica, Azazel também é mencionado como um anjo caído que sentia desejo por donzelas mortais. Seu nome se intercambiou com o de Iblis, e então Iblis se tornou o arquidemônio do Islã.


Na Cultura Popular:
Na série Supernatural, ele aparece como o demônio de olhos amarelos.

Ele também é um dos grandes inimigos de John Constantine.